sexta-feira, 29 de junho de 2007

Intenções

Após cerca de 30 anos de reformas e reestruturações educativas várias, sem qualquer tipo de preocupação com a avaliação das mesmas, e face aos maus resultados alcançados quando comparados com outros países, eis que a sociedade portuguesa acordou para a necessidade urgente de avaliar instituições e pessoas.

Afirmou a ministra da Educação, na abertura da conferência internacional "Avaliação de professores: visões e realidades", organizada pelo Conselho Científico para a Avaliação de Professores que «Todos os modelos de avaliação são imperfeitos por definição», reconhecendo que não existem modelos ideais ou perfeitos e que estes resultam de escolhas políticas e de várias condicionantes.

Apesar de a maioria dos professores defender a avaliação dos docentes, nem todos, após a publicação do novo Estatuto da Carreira Docente (ECD), se revêem no documento legal apresentado. Tal como refere Conceição Castro Ramos no prefácio do livro “O Novo Estatuto da Carreira Docente – Respostas para uma profissão em mudança, Edições ASA, o ECD tem suscitado na classe docente mais desconfiança e receios que expectativas positivas, pelas rupturas que introduzirá na estrutura da carreira e na avaliação do desempenho.”

Deixando para trás considerações teóricas, políticas e sociais, e após leitura atenta do estatuto, concluímos que o novo ECD se desenvolve em torno de três eixos fundamentais: desenvolvimento profissional, avaliação de desempenho e resultados escolares dos alunos tendo em conta o contexto sócio-educativo da escola.

2 comentários:

Anónimo disse...

Vamos passar o tempo em reuniões infindáveis e abafados por dezenas de fichas e fichas...

isabel santos disse...

Não não me vejo obrigada a educar. Ensinar sempre foi e será a minha paixão, embora que com as medidas que se tem vindo a tomar começe a existir algum desamor. Reformas curriculares, reorganização escolar,remodelação de estatutos, todos têm contribuido para uma certa desmotivação de todos nós.
Eu quero continuar a educar com muito amor os meus alunos. Não criem mais injustiças (como o que acontece neste monento no concurso de titulares). Mas eu não vou desistir dos meus principios e valores que sempre regeram a minha actividade lectiva e não lectiva.
Continuo a acreditar e a amar!
Isabel Santos
PQND 9ºGrupo E.S. Monte de Caparica